Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Quem me dera a selva!

Este post tem a ver com o de ontem mas vou tentar escrevê-lo de maneira a não ser necessário ler o outro.

Teria 14 anos quando vi o documentário "Woodstock" e até então cinema era sinónimo de história com princípio, meio e fim. "Woodstock" não é nada disso. Esperava um filme com jovens e afinal eram todos adultos e alguns até tinham filhos - ou seja: eram velhos! Uma porção de acontecimentos desgarrados e pessoas que não se sabia quem eram, nem de onde tinham vindo nem o que é que lhes acontecia depois. Era um filme que se parecia com o telejornal que também era coisa de adultos.

Quando tinha 7 anos não compreendi porque é que nunca tinham ido à Lua e resolveram ir nesse dia, mas gostei muito da ideia de ficar acordada pela noite fora. O programa, no entanto, não prestava. Os astronautas pareciam bonecos com um espelho em vez de cara. Estavam vestidos de branco e saltavam em câmara lenta num fundo também branco. Via-se mal, a imagem falhava. Ouvia-se uma língua incompreensível e em vez de porem legendas falavam em português ao mesmo tempo. Além disso tinha sono!

A minha primeira ida ao cinema, porém, foi um deslumbramento. Teria uns 6 anos e fui ver "O Livro da Selva". Acho que nunca tinha visto desenhos animados, ainda não tínhamos televisão. Passado o primeiro assombro era como se tudo aquilo fosse real e eu estivesse lá. A selva era linda e vivi a história toda como se fosse o Mogli, excepto no final. Como é que o Mogli podia ir atrás daquela menina parvinha e trocar a selva pela aldeia? Via-se bem que não sabia o que era viver com pessoas!

4 comentários:

BAR DO BARDO disse...

Mogli é um amor... Tenho minhas recordações também...

Muito bem, Almariada!

almariada disse...

Obrigada Bar do Bardo! :)

Nivaldete disse...

Nossa história pessoal é feita de tantos retalhinhos, não?... Eles nos formam e nos transformam... Um amor, esse post seu. beijos.

almariada disse...

Obrigada Nivaldete! :)