Vladimir Kush

Vladimir KUSH, Ripples on the Ocean, (Ondulações no Oceano)

Rumi

A vela do navio do ser humano é a fé.
Quando há uma vela, o vento pode levá-lo
A um lugar após outro de poder e maravilha.
Sem vela, todas as palavras são ventos.

Jalāl-ad-Dīn Muhammad RUMI




segunda-feira, 24 de agosto de 2009

No estrangeiro nem sempre é preciso falar estrangeiro

No estrangeiro nem sempre é preciso falar estrangeiro. Quando não conhecemos nenhuma língua comum o melhor é cada pessoa utilizar a sua própria língua apenas como veículo de expressão - para lá do sentido das palavras. Quando há boa vontade funciona muito melhor do que se poderia pensar. Quando não há boa vontade não funciona pior do que quando se fala a mesma língua. Descobri isto na Hungria. Há uns anos, na Bélgica, lidei durante alguns dias com ciganos que não falavam francês e com quem eu falava em português apenas para dizer alguma coisa, porque o essêncial era comunicado pelas situações e gestos. Uma vez passei por um grupinho de crianças e, só para não passar calada, disse: "estão a brincar os meninos?" e um deles arremedou-me de tal modo que compreendi que me estava a imitar. Para surpresa deles isto deu-me vontade de rir.

1 comentário:

Nivaldete disse...

É... Comunicação se improvisa. Às vezes pode ser até mais eficaz assim. Acho até que as mentes se adivinham, em certas situações. Sabemos tão pouco de nossa humanidade... Talvez seja o caso de dizer: somos um bocado analfabetos quanto às nossas capacidades... Forte abraço!